sexta-feira, 29 de abril de 2011

Marília e as As cidades mais inovadoras do Brasi


Por Katia Simões
Em locais tão distantes um do outro, como Belém do Pará e São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, nasce - e cresce - um tipo raro de empreendedor. Nesses centros de geração de conhecimento e de mão de obra de qualidade, quem abre uma empresa não sonha com negócios comuns, mas sim com ideias que irão transformar a ciência, o campo e a tecnologia. Com a ajuda do Instituto Inovação, do Sebrae, do IBGE e de consultores, Pequenas Empresas & Grandes Negócios fez um levantamento de 45 bolsões brasileiros da inovação. São cidades nas cinco regiões do Brasil, em que empresários têm melhores condições para criar e atrair recursos. Sim, porque vem crescendo o capital, público e privado, destinado a negócios de fronteira.
Se no passado a falta de recursos era um dos principais impeditivos para o Brasil entrar no mapa da inovação mundial, hoje o cenário é outro. "Estamos longe do mundo ideal e bem melhor do que nas décadas passadas", afirma Eduardo Costa, diretor de inovação da Finep, agência de inovação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). "Calculamos que 2% dos 5 milhões de empresas formais do país precisam inovar. Atendemos no máximo 3 mil de um universo de 100 mil", afirma.

Por ano, a Finep disponibiliza uma verba de R$ 4 bilhões para inovação - desses, R$ 2 bilhões para pesquisas em universidades, R$ 1,2 bilhão para crédito subsidiado, R$ 700 milhões para subvenção e R$ 100 milhões para capital de risco. A verba é multiplicada em parcerias firmadas com fundos de investimento e governos estaduais. "A demanda é grande, daria para operar com pelo menos três vezes esse valor."
O MCT não é o único órgão que investe em inovação do país. As empresas brasileiras também podem recorrer aos programas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dos Bancos da Amazônia e do Nordeste, do Sebrae e de fundos de investimentos públicos e privados. De acordo com o Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital da FGV-Eaesp, os recursos só em venture capital somam no Brasil US$ 1,5 bilhão, o equivalente a R$ 2,7 bilhões. Com base em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina, os fundos garimpam empreendimentos inovadores em todo o país, com aportes entre R$ 50 mil e R$ 500 mil por empresa.

Um dos poucos programas voltados especificamente para a micro e pequena empresa, o SebraeTec de Inovação Tecnológica, por exemplo, disponibilizou R$ 32 milhões para cerca de 20 mil micro e pequenos empreendedores investirem em inovação em 2010. "A subvenção é de até 50% do projeto, em um teto de R$ 45 mil, porque nem toda inovação precisa de fortunas para ser implementada. Boa parte das empresas carece apenas de boa gestão", diz Edson Fermann, diretor de inovação do Sebrae. Pesquisa feita pelo Sebrae-SP sinaliza que 39% dos empreendedores precisariam de impostos menores para realizar inovações em seus produtos, enquanto 22% necessitariam de empréstimos bancários para desengavetar seus projetos. Todavia, apenas 20% das empresas ouvidas vão atrás de cursos e consultorias para se diferenciar.

AS CIDADES QUE MAIS GERAM PATENTES
REGIÃO CENTRO-OESTE
Brasília (DF)

REGIÃO SUDESTE
São Paulo (SP)
Rio de Janeiro (RJ)
Belo Horizonte (MG)
Campinas (SP)
Guarulhos (SP)
São Bernardo do Campo (SP)
Franca (SP)
Bauru (SP)
São Carlos (SP)
Jundiaí (SP)
Osasco (SP)
Sorocaba (SP)
Marília (SP)
São Caetano
do Sul (SP)
Santo André (SP)
Contagem (MG)

REGIÃO SUL
Curitiba (PR)
Porto Alegre (RS)
Londrina (PR)
Joinville (SC)
Caxias do Sul (RS)
Blumenau (SC)
Novo Hamburgo (RS)
Passo Fundo (RS)
São Leopoldo (RS)
Criciúma (SC)
Canoas (RS)

FONTES: INPI, IBGE; ANÁLISE: INSTITUTO DE INOVAÇÃO
"Chega a sobrar dinheiro para investir em inovação em determinadas regiões do país, por falta de bons projetos", afirma Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A questão é que grande parte das empresas não está preparada para inovar. Nem sequer sabe fazer um plano de negócios. Segundo Cruz, o que a maioria dos candidatos a investimentos encaminha aos órgãos de fomento é a especificação do produto e não o projeto de pesquisa que gerará algo inovador. "Falta orientação para os empresários calcularem os riscos e mostrarem onde está a inovação. Só assim conseguirão ter acesso às verbas", afirma.

A análise é parecida fora dos centros públicos de pesquisa. "Tem muita ideia boa que se perde em todo o país por falta de preparo empresarial", diz Frederico Greve, sócio da DGF Investimentos, responsável pelos fundos Fipac e Terra Viva, ambos voltados à inovação e com dinheiro em caixa para investir. Segundo Greve, mais da metade dos projetos analisados pelo fundo são encaminhados pelos próprios empreendedores. Mas a maioria dos aprovados é prospectada pela equipe da casa. Dos R$ 100 milhões disponíveis para o Fipac, foram investidos R$ 70 milhões em 14 empresas, todas do Sul e do Sudeste. "Não investimos mais porque os projetos submetidos à seleção até agora não preencheram os pré-requisitos exigidos pelo fundo", afirma.

EMPRESAS COM POTENCIAL INOVADOR, POR REGIÃO | São 42.623 no Sudeste, 23.037 no Sul, 5.727 no Nordeste, 3.115 no Centro-oeste e 2.087 no Norte do Brasil (pequenas e médias)
Especialistas são unânimes: o caminho para melhorar a distribuição da inovação no país está no preparo das empresas. "É essencial investir em inovação. Mas ninguém coloca dinheiro em um negócio que não seja rentável, por mais revolucionário que seja", diz Greve, da DGF Investimentos.

Confira nas próximas páginas 10 negócios que crescem nos bolsões brasileiros de inovação.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Uma obra exemplar, o Ginásio de Esportes de Marília



Fomos conhecer hoje a estrutura do novo Ginásio de Esportes de Marília, uma obra fantástica e motivo de orgulho para os marilienses.

Acostumados a uma paisagem de abandono até tempos passados, onde se avistava apenas um esqueleto de concreto, ao entrar no novo recinto o impacto é grande. Tudo muito bonito, tudo bem acabado e ao olhar para a grande cúpula acontece uma espécie de projeção pois as linhas nos conduzem ao centro que tem a forma de coroa e pesa 6 toneladas.

Visitamos os vestiários, os sanitários, as salas de serviço e o pátio de estacionamento e não há como não ficar impressionado. Marília precisava de uma obra deste porte, o esporte e os esportistas precisavam de um local adequado para a realização de campeonatos e apresentações culturais. É o mais novo cartão de visitas da cidade e a inauguração está prevista para dezembro.
Confira alguns números relativos ao novo Ginásio de esportes de Marília
área total: 12.000 m²
área interna: 8.000 m²
pé direito central: 29 metros altura
diâmetro: 95 metros lineares
capacidade 7.000 pessoas
cadeiras: serão instaladas 6.750 cadeiras nas cores – verde,amarela, azul e vermelha
acesso: 3 entradas para o público
estacionamento interno: capacidade para 200 veículos
sanitários e vestiários: são 4 conjuntos
degraus: são 17 degraus que formam o conjunto das arquibancadas
Curiosidades:Foram consumidas 340 toneladas de aço na estrutura interna e externa, a coroa central da cobertura pesa 6 toneladas;
A quadra é construída em madeira, tem sistema amortecedor com manta de borracha no piso inferior e tem os mesmo padrões dos grandes centros esportivos internacionais.

Arquiteto: Valdemir Pimentel

Execução da obra: CAP – Arquitetura e Construções

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Nas ondas do rádio




Aceitei o convite e participei do "Encontro com locutores", promovido pelo SENAC, no auditório do CIESP de Marília, na noite de 12 de abril de 2011. A mesa coordenadora do evento foi composta pelos radialistas Wilson Mattos, Waldo Moraes e Márcio Medeiros, que tinham a missão de promover a discussão e a reflexão sobre a história e a atuação dos profissionais da voz, as novas demandas do mercado, as possibilidades de atuação para os profissionais formados nesta área e as exigências e os diferenciais de cada perfil profissional.
Cheguei no momento em que Wilson Mattos brindava a platéia com histórias vividas ao longo dos anos de sua carreira. Hoje, ele é um dos sócios da Rádio 950, a antiga rádio Verinha. Falou a respeito dos desafios de manter uma estrutura de porte no ar, inclusive sobre a renovação da concessão federal a cada 10 anos.
Marcio Medeiros fez as vezes de âncora da mesa debatedora e lançou algumas provocações aos dois colegas radialistas e à platéia, no sentido de enriquecer o encontro com depoimentos de atuação profissional.
O radialista Fábio Conte, da cidade de Garça, apresentador de programa na Rádio 950 de Marília, deu grande contribuição ao compartilhar com os presentes a sua experiência com a produção e apresentação semanal do seu programa, a partir de estúdio montado em sua residência. As transmissões de Garça para Marília são feitas por fibra ótica e o sistema é tão moderno que permite a participação, ao vivo, dos ouvintes que acompanham o programa.
Para explicar de uma maneira bem simples este processo, é possível dizer que o estúdio montado fora torna-se uma extensão dos estúdios da rádio, através da conexão via fibra ótica e do telefone. A chamada cai na sede da rádio, mas é atendida pelo apresentador Fábio Conte, que está no estúdio remoto. O relato despertou a atenção dos profissionais e mostrou que, com tecnologia e espírito inovador, os radialistas podem produzir seus próprios programas e conquistar espaços comerciais.
Em seguida, Waldo Moraes contou suas atuais atividades. Há sete anos, ele deixou de trabalhar em rádios comerciais e montou seu próprio estúdio para vender a voz. Este é um segmento em franco crescimento, tendo em vista o número de emissoras de rádio e televisão instalados em todo o país e que veiculam regularmente propagandas e anúncios de eventos em geral.
Nas explanações, Waldo Moraes pontuou também o fator tecnologia como diferencial competitivo. "Hoje, o cliente liga ou faz contato por e-mail ou MSN, envia o texto e recebe em questão de minutos a gravação pronta. O pagamento é feito via depósito bancário online ou pode enviar cópia digitalizada do comprovante", explicou. Ele contou que trabalha diariamente, das 10 horas da manhã às 19 horas, e conta com o apoio da sua esposa, que cuida de toda a parte burocrática da empresa. Waldo vende a voz para clientes de todo o Brasil.
Foram várias as intervenções da platéia, principalmente sobre a questão da exigência da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) para a atuação profissional no rádio, fato que não tem sido observado pelas emissoras e que permite a invasão de profissionais não credenciados em área regulamentada.
Como fã de rádio, gostei muito do evento e ouvi boas histórias. Há um campo imenso para atuação profissional e programas voltados para assuntos especializados podem ser o caminho para a inserção no mercado. E, quem sabe, o futuro estrelato.
Algumas rádios exibem programas segmentados sobre a arte de produzir e saborear vinhos, sobre tecnologia de ponta na informática, sobre os lançamentos de novos veículos ou mesmo sobre cuidados especiais com a saúde.
Sustentabilidade e acessibilidade são temas que estão sendo bastante procurados pela comunidade e pela mídia em geral. Eis aí duas boas oportunidades.